PUBLICADO EM 03 de ago de 2023
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Metalúrgicos da Bahia sofrem resistência patronal em negociação

Metalúrgicos da Bahia enfrentam impasse na negociação salarial, buscando aumento real e valorização do salário mínimo

Metalúrgicos da Bahia

Metalúrgicos da Bahia querem aumento real nos salários e manutenção das cláusulas sociais – Foto: Reprodução

Os metalúrgicos da Bahia estão diante de um impasse que está travando a negociação da Campanha Salarial deste ano entre trabalhadores e o setor patronal.

De acordo com o presidente da Fetim/BA – Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos e Mineiros da Bahia, Aurino Pedreira do Nascimento Filho, o setor patronal está intransigente e não quer aceitar o pedido de aumento real da categoria.

O sindicalista explica que o percentual oferecido pelos patrões vai contra a realidade econômica do país.

O atual governo está adotando políticas para alavancar a economia. “Isso só vai acontecer se tivermos valorização do salário mínimo e o resgate do poder de compra dos brasileiros para impulsionar a economia do País “, afirma.

Cenário favorável

Vale ressaltar que, de acordo com o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, as negociações coletivas do primeiro semestre mostraram a retomada de um cenário favorável.

A queda da inflação e a valorização do salário mínimo reacendem as negociação. Das 220 negociações da Data Base Junho, 85,9% resultaram em ganhos reais aos salários.

Na reunião realizada na manhã desta quarta (2), os trabalhadores metalúrgicos se mantiveram firmes e não aceitaram o descaso oferecido pelo Patronal, mais uma vez.

A Fetim-Ba e seus Sindicatos de base mantém a mobilização para garantir aumento real do salário, valorização do piso da categoria e ampliação dos benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho.

Veja abaixo as propostas negociadas na reunião:

Proposta Patronal:

  • Reajuste Salarial de 3% a partir de julho/2023 para os salários até R$ 9.000,00. Para os salários acima de R$ 9.000,00 reajustar pelo percentual equivalente a R$ 270,00;
  • Não renovação das cláusulas do Triênio/Quinquênio, Parcela Rescisória Adicional e Rescisão Contratual do Aposentado e
  • Acrescentar a cláusula para as empresas implantarem o registro de ponto via REP

Contraproposta do Sindicato:

  • Reajuste Salarial de 9%;
  • Aumento do Piso Salarial em 10% e mudança na CCT de 200 empregados para 100 empregados e
  • Manutenção das cláusulas sociais: Plano de Saúde, Homologação no Sindicato, Auxílio Assistencial para filhos excepcionais, Ultratividade das cláusulas da CCT e manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva com reajuste de 9% nas demais cláusulas de natureza econômicas

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  • Reginaldo Bastos

    Encanto a esse impasse nos trabalhadores do setor vivemos sofrendo com a desvalorização do nosso salário pois tudo aumentou não estamos suportando mais essa situação.

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