Em 20 de julho de 2023, o Sindicato dos Metalúrgicos Coreanos (KMWU) assumiu outra posição firme contra a repressão sindical na Coréia, pedindo o fim das táticas de mão pesada empregadas pelo governo.
O protesto ganhou força quando mais de 100.000 membros do KMWU de vários setores participaram de uma greve nacional no início de julho, exigindo direitos trabalhistas e justiça.
Protesto contra escalada da repressão e outras demandas
Durante as mobilizações, os líderes do KMWU apresentaram várias demandas, incluindo a reforma da Lei de Ajuste Sindical e de Relações Trabalhistas (TULRAA).
Eles também exigiram aumentos salariais para todos os trabalhadores, começando com um aumento do salário mínimo.
Além disso, o Sindicato rejeitou a proposta de 69hs semanais de trabalho, por causa do temor do impacto no bem-estar do trabalhador.
As demandas centrais incluíam o fim da repressão sindical pelo governo e a renúncia do regime de Yoon Suk-Yeol.
Sindicatos coreanos em defesa da democracia
O presidente da KMWU, Yoon Jang Hyeok, enfatizou a urgência das demandas, pois a proposta de reforma da lei trabalhista deixará os trabalhadores vulneráveis e sem proteção.
A greve, de acordo com o dirigente sindical era mais do que apenas por direitos trabalhistas. “Defendemos a democracia, a paz e os meios de subsistência das pessoas comuns”.
O sindicalista finaliza dizendo que a ideia é se unir a outras forças sociais para lidar com a escalada da repressão praticada pelas empresas.
Protesto mais amplo
A greve nacional, que ocorreu de 3 a 15 de julho, fez parte do protesto mais amplo da Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU) contra as ações do governo em relação aos sindicatos.
Mais de 100.000 membros do KMWU, incluindo trabalhadores da Hyundai Motor, Hyundai Mobis, Daewoo Shipbuilding e Hyundai Heavy Industries participaram da greve.
A situação no país piorou quando o governo coreano realizou batidas em sedes sindicais , levando à prisão e acusação de vários sindicalistas. Em suma, essa repressão resultou, tragicamente, na autoimolação do sindicalista Yang Hoe-Dong.