Em assembleia geral realizada na manhã desta quinta-feira (2) no ginásio da ETI Filgueiras Lima, no bairro de Fátima, os professores de Fortaleza aprovaram a continuidade da paralisação geral a partir desta sexta-feira, 3 de fevereiro. A atividade foi acompanhada pelo secretário de administração da CUT Ceará, Emanuel Lima, que reforçou o apoio da Central na luta pelo reajuste salarial dos profissionais da educação.
A decisão da categoria se deu após a prefeitura, em negociação com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), negar o reajuste de 14,95%, previsto na campanha salarial de 2023. No encontro, que aconteceu no dia 31 de janeiro, o prefeito José Sarto (PDT) propôs aumento de apenas de 0,81%, que causou revolta junto aos educadores da Capital.
Os trabalhadores também reivindicam respeito ao Plano de Cargos e Carreiras do Magistério. Desde 26 de janeiro, a categoria está em estado de greve e realiza paralisações.
Também compõe a pauta de reivindicações:
* Reajuste não implantado em 2017;
* Carteira assinada para professores substitutos;
* Revogação da alíquota previdenciária de 14% aplicada a aposentados;
* Revisão da reforma da previdência de Fortaleza.
Outras críticas são às precárias condições de trabalho e de funcionamento das escolas municipais e a demissão de professores substitutos, que foram dispensados sem direito à rescisão contratual.
Mobilização permanente
A primeira atividade desta nova rodada de atos será uma Marcha, nesta sexta-feira (3), a partir das 8h da manhã, com concentração na Praça da Imprensa, no Dionísio Torres. A passeata passará pela sede da Secretaria da Educação de Fortaleza e será encerrada na Coordenadoria de Gestão de Pessoas – COGEP/SME.
Audiência com o prefeito
Os educadores seguirão de braços cruzados, pelo menos, até o dia 8 de fevereiro, quando está prevista nova audiência com o Prefeito.
Pio Nacional do Magistério
A reposição salarial anual do magistério está prevista na Lei Federal Nº 11.738/2008, com percentual calculado pelo Ministério da Educação.
No Ceará, 82 cidades já reajustaram os salários de seus educadores em pelo menos 14,95%, de acordo com levantamento da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce).
Fonte: Sindiute