Na última sexta-feira (3), ela anunciou que o governo federal e os estados investirão 160 bilhões de euros no ensino superior e na pesquisa científica entre 2021 e 2030. Em média, esse valor representa 2 bilhões de euros a mais por ano, na comparação com 2019.
“Com isso estaremos garantindo a prosperidade de nosso país no longo prazo”, afirmou Karliczek em Berlim, ao encerrar meses de debates entre o governo federal e os estados para definir o plano de investimentos no ensino superior da próxima década.
O valor se divide em 41,5 bilhões de euros para a melhoria do ensino superior, em especial por meio de contratos de trabalho por prazo indeterminado para professores, e 120 bilhões de euros para centros de pesquisa não universitários, como o Instituto Max Planck e a Associação Fraunhofer.
Em 2021, o governo federal e os estados vão transferir 3,8 bilhões de euros às universidades e demais escolas de ensino superior, divididos em partes iguais (metade do governo, metade dos estados). Em 2024, o valor chegará a 4,1 bilhões.
A distribuição dos recursos leva em conta o número de calouros e o de egressos e principalmente se a maior parte dos estudantes conclui os seus cursos no prazo previsto.
As universidades ainda poderão pleitear recursos para projetos especiais –este orçamento, porém, é limitado a 150 milhões de euros.
A coordenadora dos debates, Eva Quante-Brandt, que representou a cidade-Estado de Bremen, se declarou satisfeita com o resultado e disse que os recursos vão permitir aos estados manter a oferta de vagas e ainda melhorar a qualidade do ensino superior.
O presidente da associação de reitores, Peter-André Alt, se mostrou aliviado com o acordo e disse que todos os envolvidos assumiram sua responsabilidade.
O Partido Verde, de oposição, elogiou o compromisso e disse que um fracasso das negociações entre o governo e os estados teria posto em risco a pesquisa e a inovação na Alemanha e a imagem internacional do país no ensino superior.