Sábado, 19 de junho, um dia triste para o país quando chegamos as 500 mil vidas perdidas para a covid-19, cerca de 750 mil pessoas estiveram nas ruas por todo o país para gritar “Fora Bolsonaro” e para que todos os brasileiros se vacinem e por um auxílio emergencial.
A manifestação neste sábado foi maior do que a realizada em maio e as mobilizações contaram com a presença de ex-leitores do Bolsonaro, que estão frustrados com o governo federal, além deles, movimentos sociais, partidos de oposição e movimento sindical estiveram presentes nas ruas do Brasil.
Na avenida Paulista, em São Paulo, onde se concentrou o maior número de pessoas, cerca de 100 mil segundo a organização, ocuparam nove quarteirões, todos de máscara, pedindo “mais máscara e menos cloroquina” e atribuindo a atual situação do país à culpa do presidente.
No Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 70 mil pessoas, segundo os organizadores, teve a presença ilustre de Chico Buarque, que completou 77 anos em 19 de junho.
“Na Ditadura, nós não teríamos um programa como esse, não estaríamos falando disso aqui. E o que este governo quer, evidentemente, é a volta da Ditadura, no sentido da censura, da proibição da difusão de ideias, de maneira que o programa da Regina não possa mais ir ao ar, os sites de esquerda, de oposição ao governo seriam banidos. É tudo o que querem. Eles já estão plantando tudo isso, com estas campanhas todas, anunciando possível fraude na eleição, já estão se preparando para um golpe. A gente sabe que eles estão preparando um golpe e o golpe vai trazer tudo isso de volta que eu estou falando, além do que já existe, deste horror. A autorização, que vem lá de cima, para continuar a haver este morticínio [Chico se emociona e embarga a voz] de favelados. É foda”, relatou Chico Buarque.
A grande mobilização mostra que os brasileiros já estão cheios deste governo que lutou durante a pandemia para tirar vidas.
Hoje, os organizadores do ato do último sábado, se reuniram para discutir os próximos atos.
Fonte: Redação Mundo Sindical