Terminou neste sábado, 14, a 10ª Plenária Nacional da FUP, que reuniu de forma virtual mais de 250 petroleiros e petroleiras de todo o país em debates que discutiram estratégias para reconstruir a Petrobrás e o Brasil e avançar nas campanhas reivindicatórias do setor petróleo.
Por aclamação, a plenária aprovou o engajamento da categoria no movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” para eleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República e derrotar o projeto fascista do governo Bolsonaro.
Os petroleiros também aprovaram moções de apoio às candidaturas dos representantes da categoria que disputam as eleições para deputados federais e estaduais por partidos do campo progressista, como o ex-coodenador da FUP, Zé Maria Rangel (pré-candidato a deputado federal pelo PT/RJ), Alexandre Castilho (pré-candidato em mandato coletivo a deputado federal pelo PT/SP), Alessandro Trindade (pré-candidato a deputado estadual pelo PT/RJ), Radiovaldo Costa (pré-candidato a deputado estadual pelo PT/BA), entre outros petroleiros e petroleiras.
“Precisamos eleger Lula presidente para, antes de tudo, derrotarmos o projeto fascista e entreguista de Bolsonaro. Nada é mais urgente do que resgatarmos a democracia e a soberania nacional”, afirma o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.
“Sabemos que esta não será uma tarefa fácil. Por isso, a categoria petroleira aprovou por unanimidade o apoio à frente ampla que está sendo construída em torno da chapa Lula e Alckmin. Também aprovamos antecipar as nossas campanhas reivindicatórias e construir um grande mutirão nacional para elegermos não só Lula, como uma representativa bancada de esquerda em Brasília e nos governos estaduais para que possamos dar sustentação ao projeto popular de reconstrução do Brasil”, explica Bacelar.
Outra deliberação da 10ª Plenafup foi ampliar a campanha contra a privatização da Petrobrás e por preços justos para os combustíveis, com a implementação de Comitês Populares de Luta dos petroleiros e petroleiras em todo o país, além de brigadas digitais para fortalecer o diálogo com a sociedade nas redes sociais.
A unificação com a FNP das mobilizações em defesa da Petrobrás foi também aprovada pela plenária, assim como a construção de um Encontro Nacional Unificado de Mulheres Petroleiras da FUP e da FNP.
Em relação às campanhas reivindicatórias, foi aprovada a antecipação das negociações com a Petrobrás e com as demais empresas do setor com data base no segundo semestre. A Plenafup definiu ainda que o reajuste salarial deve contemplar a reposição da inflação e a recomposição das perdas dos últimos anos.
Os petroleiros e petroleiras aprovaram reivindicações relacionadas a condições de trabalho, saúde e segurança, efetivos, benefícios, entre outras questões dos Acordos Coletivos de Trabalho, que serão sistematizadas durante o seminário da FUP de planejamento de campanhas.
A categoria reforçou o fortalecimento da luta contra a exploração dos trabalhadores terceirizados, que são os que mais sofrem com a precarização e a desregulamentação do trabalho. Uma das deliberações aprovadas neste sentido foi a realização de um Fórum nacional para debater a terceirização.
A Plenafup também discutiu pendências das últimas campanhas reivindicatórias do Sistema Petrobrás, que se arrastam desde 2019, como Teletrabalho, HETT, Banco de Horas, Fórum de Efetivos, Tabelas de Turno e AMS.
Acesse aqui a cobertura completa da 10ª Plenafup
Defesa do Sistema Petrobrás e eleições 2022
- Apoio à candidatura de Lula à Presidência da República, bem como de governadores e parlamentares do campo progressista;
- Apoio às candidaturas de petroleiros e petroleiras dos partidos de esquerda;
- Realização de uma Campanha Nacional em Defesa da Petrobrás, tendo como eixos preços justos para os combustíveis e a retomada dos investimentos no Brasil, com geração de emprego e renda;
- Ratificação das propostas da FUP e sindicatos para reconstrução da Petrobrás e do setor de óleo e gás que já foram apresentadas a Lula, em encontro com as lideranças sindicais no Rio de Janeiro. Entre as principais propostas para o Plano de Reconstrução do Brasil, está a retomada dos investimentos da Petrobrás no país e da política de conteúdo local para geração de emprego e renda para o povo brasileiro;
- Criação de Comitês Populares de Luta dos Petroleiros em âmbito nacional e estadual;
- Criação de Brigadas Digitais envolvendo todos os sindicatos da FUP, para engajamento dos dirigentes sindicais e da categoria;
- Fortalecimento das Brigadas Petroleiras em Brasília (Congresso Nacional) e nos estados (Assembleias e Câmaras);
- Unificação da luta contra as privatizações no Sistema Petrobrás com ações e publicações conjuntas da FUP e FNP
Algumas das reivindicações aprovadas para os ACTs
- Reposição da inflação e das perdas salariais dos últimos acordos;
- Garantia no emprego;
- Recomposição dos efetivos;
- Regramento do teletrabalho;
- Restabelecimento do Fundo Garantidor no ACT da Petrobrás para proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados;
- Realização de um Fórum Nacional para discutir a terceirização no Sistema Petrobrás;
- Resgate da AMS (garantia da margem consignável de 13%, restabelecimento da relação de custeio 70×30, buscar uma alternativa para o atual índice de reajuste das tabelas);
- Valorização da função dos brigadistas e fortalecimento das brigadas;
- Exames periódicos para prevenção das seqüelas decorrentes da Covid-19;
- Garantia incondicional do Direito de Recusa;
- Licença paternidade de 60 dias;
- Proteção das trabalhadoras lactantes, com afastamento das áreas insalubres pelo tempo em que estiver amamentando e
- Defesa da Petros.
Fonte: Imprensa FUP