PUBLICADO EM 04 de maio de 2019
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Poeta dos trabalhadores e engajado politicamente, Pete Seeger faria 100 anos hoje

O cantor e compositor Pete Seeger teria completado 100 anos nesta sexta-feira (3). Poucas figuras na história dos EUA foram tão influentes e profundamente radicais quanto ele. Vamos celebrá-lo hoje.

Pete Seeger se apresenta no Clearwater Benefit Concert Celebrando seu nonagésimo aniversário no Madison Square Garden em 3 de maio de 2009 em Nova York. Bryan Bedder / Getty

Por Dick Flacks e Peter Dreier (*)

Pete Seeger, um dos artistas mais influentes da história dos EUA, teria completado 100 anos neste 3 de maio.

Pete foi autor de boa parte da trilha sonora para o despertar político de várias gerações de militantes. Suas músicas, incluindo as melodias anti-guerra “Where Have All the Flowers Gone?”, “If I Had a Hammer” e “Turn, Turn, Turn”, e aquelas que ele popularizou, como “This Land Is Your Land” e “We Shall Overcome”, foram gravadas por centenas de artistas em vários idiomas e se tornaram hinos da luta pela liberdade. Ele apresentou também aos estadunidenses músicas de outras culturas, como “Wimoweh” (“O Leão dorme esta noite”) da África do Sul, “Tzena, Tzena” de Israel (que alcançou o segundo lugar nas paradas) e “Guantanamera” de Cuba. inspirando o que hoje é chamado de “world music”.

Graças à sua influência as músicas de protesto – nos gêneros folk, rock, blues e soul – se tornaram populares e até mesmo sucessos de vendagem. Ele gravou mais de oitenta álbuns – de músicas infantis, trabalhistas, direitos civis e anti-guerra, canções folclóricas tradicionais dos EUA, músicas estrangeiras e de Natal. Entre artistas de todo o mundo, Seeger foi um símbolo de artista de princípios profundamente engajado.

No entanto, mesmo durante o auge da revitalização popular dos anos 1950 e 1960 e da popularidade da música de protesto, Seeger foi impedido de participar da TV e afastado dos holofotes da mídia em virtude de suas posições de esquerda. Milhões cantaram suas músicas sem saber seu nome.

A vida e o legado de Seeger oferecem algumas pistas para entender os enigmas perenes enfrentados pelos socialistas e radicais nos EUA. Como usar uma base relativamente privilegiada para promover a justiça social – em vez de ficar paralisado pela culpa? Como criar uma arte popular sem sucumbir à banalidade, ao cinismo ou ao espetáculo, mas que ajude a inspirar a militância?
Seeger se tornou adulto na década de 1930, quando muitos artistas, homens de teatro, romancistas, cineastas e músicos se alinharam ao surto de militância e protesto dos trabalhadores. Seu pai, Charles Seeger, e sua madrasta, Ruth Crawford Seeger, foram líderes nesses esforços. Charles, um conhecido compositor e musicólogo, ajudou a criar um coletivo de compositores radicais durante a Depressão, esperando, em grande parte sem êxito, criar uma música proletária revolucionária.

Muitos desses artistas, incluindo Aaron Copland, Marc Blitzstein, e Earl Robinson, se transformaram em figuras de destaque. Charles foi atraído para a tentativa de criar um movimento de música popular democrática, revivendo as canções de trabalho, spirituals, baladas e melodias de dança de subculturas raciais, étnicas e regionais dos EUA. Isso inspirou o jovem Pete. Durante uma visita a um festival de música folclórica na Carolina do Norte, quando ainda frequentava o ensino médio, ele ouviu pela primeira vez música do estilo bluegrass tocada com um banjo de cinco cordas. Ao voltar para casa, ouviu as gravações e aprendeu a imitar o que ouviu. Em 1938, ele desistiu de Harvard – estava no segundo ano – para se engajar no esforço de mudança da sociedade. Tornou-se um músico itinerante, tocador de banjo e músicas folclóricas.

Recebeu grande influência do folclorista Alan Lomax, que gravou músicos folclóricos politicamente conscientes como o ex-presidiário Huddie Ledbetter (conhecido como “Leadbelly”), a organizadora tia Molly Jackson, e Woody Guthrie.

Lomax contratou Pete para trabalhar no arquivo da biblioteca do Congresso da canção folk americana, onde aprendeu muitas das canções que cantaria ao longo da carreira.
A missão de vida de Pete foi cristalizada quando conheceu Guthrie em março de 1940 em um show beneficiente para arrecadar dinheiro para trabalhadores rurais migrantes. Pete ficou impressionado com a habilidade de Guthrie de fundir melodias folclóricas e letras sobre eventos contemporâneos. Guthrie tinha-se tornado uma voz popular no rádio no sul da Califórnia, cantando e desenvolvendo laços estreitos com os militantes comunistas. Pete viajou com Guthrie, cantando em acampamentos de trabalho de migrantes e salões sindicais, desenvolvendo suas habilidades musicais.

Em 1941, aos vinte e dois anos, Seeger formou os Almanac Singers com Lee Hays e Millard Lampell que, depois se juntaram a Guthrie, Bess Lomax e outros que entravam e saíam do grupo.
Os Almanacs Singers viviam e trabalhavam coletivamente, cantando em reuniões sindicais e comícios da esquerda, compondo canções que esperavam servir aos esforços de organização da época, incluindo “Union Maid” de Guthrie e “Talking Union” de Pete, sua primeira composição. Até Eleanor Roosevelt era sua fã. Mas as ligações comunistas dos Almanac Singers fizeram deles um alvo da imprensa de direita e da bisbilhotagem do FBI. O grupo se separou quando Pete e Woody apoiaram as forças armadas em 1943.
Pete, Woody e outros músicos de esquerda escreveram uma enxurrada de canções patrióticas. Eles esperavam que a guerra contra o fascismo iria definir o palco da luta para acabar com o racismo na América.

Logo depois da guerra, houve uma onda maciça no movimento político progressista para ir além do New Deal oficial.
Cheio de otimismo, em 1946, Seeger liderou o esforço para criar a People’s Songs, uma organização de compositores e artistas progressistas, e a People’s Artists, uma agência para fazer shows e gravações.

Quando o ex-vice-presidente Henry Wallace se candidatou à presidência pelo Partido Progressista em 1948, Seeger viajou com ele, apresentando canções em todas as reuniões ou comícios, alternando com os discursos de Wallace.

 

Naquele ano, Seeger e Lee Hays (ambos ex-Almanacs), juntamente com Ronnie Gilbert e Fred Hellerman, formaram o grupo Weavers (Tecelões), para continuar o que os Almanacs haviam iniciado, mas com o objetivo de atingir públicos mais comuns. Seu repertório apresentava arranjos dinâmicos de canções folclóricas, com uma música política ocasional, e se tornou muito popular.
Gordon Jenkins, um importante empresário do disco os viu no Village Vanguard, e assinou o contrato deles com a Decca Records. Tiveram vários grandes sucessos. Em 1950 a gravação de uma canção israelense, “Tzena Tzena”, chegou ao segundo lugar na parada de sucesso, e a versão do Leadbelly “Goodnight, Irene”, chegou ao primeiro lugar, onde ficou por meio ano. Outras gravações — “On Top of Old Smokey,” “Kisses Sweeter Than Wine,” “Wimoweh” e “Midnight Special” — também fizeram sucesso; a gravação, em 1951, da canção de Guthrie “So Long It’s Been Good to Know You” ficou no quarto lugar.

O grande sucesso comercial dos Weavers teve curta duração. Assim que começaram a ser amplamente notados, tornaram-se alvo dos anticomunistas caçadores de bruxas da direita.
Em 1947 vários ex-agentes do FBI criaram o boletim anticomunista “Counterattack”. Em 1950, o boletim publicou um relatório especial, “Canais vermelhos: o relatório da influência comunista na rádio e na televisão”, que trazia uma lista de 151 nomes de atores, escritores, músicos e jornalistas. E alertava contra a influência comunista na indústria do entretenimento -incluindo Seeger e os Weavers, estúdios de Hollywood, programas de TV, e outros, incluidos na lista negra.

Os Weavers sobreviveram por mais um ano, mas a escalada anti-comunista os atingiu e foram banidos da televisão. Eles não podiam mais ter reservas nas melhores discotecas. Estações de rádio pararam de tocar suas canções, a venda de seus discos despencou; eles não tiveram outra gravação de sucesso.

Seeger deixou os Weavers e prosseguiu a carreira solo, mas esteve na lista negra desde o início da década de 1950 até meados dos anos 1960. Em 1955, foi condenado por desacato ao Congresso por se recusar a discutir suas filiações políticas numa audiência convocada pelo Comitê da Câmara sobre Atividades Antiamericanas, baseando sua recusa na Primeira Emenda da Constituição. Só sete anos mais tarde os tribunais finalmente derrubaram essa condenação.

Com a febre macarthista subindo, Seeger foi impedido de se apresentar na televisão. Em 1963, a ABC recusou-se a permitir que ele aparecesse em um programa semanal que existia devido ao renascimento da música folclórica que Seeger havia ajudado a inspirar. Joan Baez e outros jovens cantores boicotaram o show, mas Seeger os aconselhou a não perder a oportunidade. Ironicamente, “hootenanny” – o nome do programa – era uma palavra que Seeger e Guthrie haviam popularizado, usando-a para designar os shows de música folclórica de forma livre que estavam se espalhando pelo país.

Durante os anos da lista negra, Seeger ganhou a vida dando aulas de violão e banjo e cantando em acampamentos de verão, igrejas, colégios e faculdades, e sindicatos que foram corajosos o suficiente para convidar o controverso cantor.

Pete Seeger e o ainda jovem Bob Dylan em 1964 no Festival Folk em Newport. Foto: : Jim Marshall

Em 1966, ele organizou um programa de música folk no canal de TV UHF, em Nova York, sem fins lucrativos – Rainbow Quest. Seus convidados faziam parte de um grupo racial e musicalmente diverso, de veteranos e novatos, incluindo Johnny Cash, Doc Watson, Roscoe Holcomb, Judy Collins, Sonny Terry e Brownie McGhee, os irmãos Clancy, Elizabeth Cotton, Rev. Gary Davis, Len Chandler, Tom Paxton, Bernice Reagon, Jean Ritchie, e Patrick Sky. A emissora tinha uma audiência limitada na época, mas os programas foram gravados. Alguns podem ser vistos no YouTube e há versões em DVD.

Apesar de sua exclusão da mídia, o significado cultural de Seeger cresceu enormemente nos anos sessenta.
Na década de 1960, ele cantou pelos direitos civis em manifestações e igrejas no Sul e na marcha de Selma para Montgomery, Alabama. Junto com Guy Carawan, do centro Highlander, ele popularizou a música “We Shall Overcome”entre os lutadores pelos direitos civis, nos Estados Unidos e em todo o mundo.

Ele apoiou os esforços do Freedom Singers (Cantores da liberdade) — um grupo de militantes do Student Nonviolent Coordinating Committee (SNCC, Comitê de Coordenação dos Estudantes Não Violentos). Ele conseguiu um público Carnegie Hall para cantar canções do movimento da liberdade do Sul. Em uma carta a Seeger, Martin Luther King Jr agradeceu-lhe por seu “apoio moral e generosidade cristã”.

Com a emergência do movimento contra a guerra do Vietnam, Pete e seu banjo foram vistos freqüentemente nas linhas de frente do protesto. Nessa luta, a esperança juvenil de Pete, de ajudar a promover um movimento que canta, se realizava.

Pete começou a romper a lista negra de mídia. Assinou um contrato com a Columbia Records, que promoveu seu crescente número de álbuns, falando de trabalho, direitos civis e paz, bem como canções especiais para crianças, incluindo o popular “Abiyoyo”.

Pete Seeger na manifestação na cidade Washington, DC em 14 de Novembro de 1969. Foto Stephen Northup

Em 1966, gravou um hino antiguerra, “Bring ‘ em Home”. “If I Had a Hammer”, “Where Have All the Flowers Gone?” e “Turn, Turn, Turn”  se tornaram grandes sucessos gravados por outros artistas como Peter, Paul and Mary, The Byrds, Trini Lopez, Rita Pavone até mesmo Marlene Dietrich.

Um dos mais populares programas de TV no final da década de 1960 era o programa de variedade de Smothers Brothers. Em setembro 1967 Tom e Dick Smothers desafiadoramente convidaram Seeger para se apresentar nele, em desafio à lista negra. Fiel aos seus princípios, Seeger insistiu em cantar uma canção antiguerra que acabara compor – “Waist Deep in the Big Muddy”.

Os censores da CBS qiseram impedir que a canção fosse ao ar, mas a indignação pública foi forte o suficiente para impedir isso, e Pete pode cantar sua música no show alguns meses depois, em 17 de fevereiro de 1968. O público para esse show -13,5 milhões de residências – foi ainda maior do que fora cinco meses antes, quando Seeger apareceu pela primeira vez.

Dois dias depois de Seeger cantar “Big Muddy”, o âncora de notícias da CBS, Walter Cronkite, talvez a pessoa então mais confiável da nação, pediu ao Presidente Lyndon Johnson para retirar as tropas dos EUA do Vietnã. Em 31 de março, Johnson – sob forte oposição dos candidatos antiguerra Eugene McCarthy e Robert Kennedy – anunciou que não iria concorrer à reeleição. Muito possivelmente as letras de Pete sobre o “grande enlameado” e o “grande tolo” tinham algo a ver com o ocaso político de LBJ.

Para a surpresa de Pete, nos EUA finalmente foi reconhecido seu papel cultural e sua estatura moral, nas duas últimas décadas de sua vida. Em 1993, ele recebeu um Grammy. Um ano depois, foi homenageado pelo Kennedy Center, e o presidente Bill Clinton o homenageou com a Medalha Nacional das artes. Em 1996, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame. Em 2009, cantou, com Bruce Springsteen, na posse de Barack Obama no Lincoln Memorial – à frente de mais de meio milhão de pessoas que ali estavam e dos milhões que assistiram pela TV.

Pete contou sua própria história em uma espécie do livro de canções “Where Have all the Flowers Gone?” (1993). Ele também foi tema de várias biografias, incluindo How Can I Keep from Singing? – The Ballad of Pete Seeger, de David King Dunaway, The Protest Singer: An Intimate Portrait of Pete Seeger, de Alec Wilkinson, entre outros. Os estudiosos do folclore óricos Ronald D. Cohen e James Capaldi editaram um livro de artigos sobre ele e em 2007 a PBS transmitiu o documentário de Jim Brown, “Pete Seeger: o poder da canção” como parte de sua série American Masters.

No final da vida, ele recebeu Rob Rosenthal, um sociólogo da Universidade Wesleyan, e Sam Rosenthal, um músico e escritor, para cavar através de seus extensos escritos – cartas que guardou por décadas, notas para si mesmo, artigos publicados, rascunhos, histórias, livros, poemas e canções — para produzir “Pete Seeger: In His Own Words”, publicado em 2012

Alguns dos cantores mais proeminentes da nação gravaram canções em homenagem a Seeger, incluindo as sessões de Seeger com Springsteen. Quando fez 90 anos, em maio 2009, mais de 15.000 fãs lotaram o Madison Square Garden, em Nova York para um show em sua homenagem. Entre os artistas estavam Springsteen, Baez, Tom Morello, Dave Matthews, Emmylou Harris, Billy Bragg, Rufus Wainwright, Bela Fleck, Taj Mahal, Roger McGuinn, Steve Earle, Ramblin ‘ Jack Elliott, dar Williams, Ani DiFranco, e John Mellencamp.

 

Ao longo de sua vida, Seeger acreditou que sua missão não se resumia apenas a trazer músicas politicamente conscientes ao meio musical. Ele cantou muitas canções apoiando causas políticas e campanhas. Seu objetivo final, que ele aprendeu com seu pai, foi ajudar a inspirar e sustentar a luta democrática.

O melhor testamento desta visão pode ser visto em suas performances públicas e na forma como viveu a vida. Ele queria que as pessoas fizessem sua própria música, em vez de serem consumidores passivos ou cidadãos dóceis.

Pete foi um músico proeminente, inventivo e hábil com o banjo de cinco-cordas (que tirou da obscuridade) e a guitarra da doze-cordas (que aprendeu tocar com Leadbelly). Mas as pessoas não iam a um show de Seeger para vê-lo tocar e cantar – nem ele queria isso – ele queria que as pessoas fossem participar.

Seus shows e seus discos ensinavam tinham canções para serem cantadas por cada um. Ele cuidadosamente criou uma persona de palco que inspirou o público a se juntar a ele. Cada show de Seeger envolvia cantos sul-africanos, canções gospel e hinos. Ele trouxe a público criadores de canções como Leadbelly e Guthrie, de sua juventude, e ao fazê-lo revelou tesouros da canção e histórias de vida que se tornaram parte integrante da cultura dos EUA. Ele cantou novas canções de autores que seu público poderia nunca ter ouvido falar. Ele foi um dos primeiros a cantar as canções iniciais de Dylan. Ensinou ao público canções sobre trabalhadores, projetos de resistores, ativistas de direitos civis, e ocupantes de Wall Street. Ele ensinou ao mundo “We Shall Overcome” (“Nós vamos superar”), e pediu ao cantor britânico Billy Bragg que escrevesse palavras apropriadas para a Praça Tiananmen e a resistência não-violenta.

Seeger era um organizador, bem como um artista. Ele organizou os Almanac Singers e o People’s Artists. Em 1950, ajudou a sustentar Sing out! revista, que serviu como fonte primária de música folk. Em 1959, ajudou a lançar o Newport Folk Festival, que reuniu praticantes de todo tipo de música de raíz, e ainda está em atividade.

Em 1969, iniciou o grupo sem fins lucrativos Clearwater, perto de sua casa em Beacon, Nova York, que incluiu uma celebração anual dedicada à limpeza do poluído Rio Hudson. No começo o esforço foi descrito como simplista e ingênuo, mas ajudou a inspirar o movimento ambiental. O Hudson, poluído com petróleo, esgoto, e produtos químicos tóxicos, agora está limpo e pode-se nadar nele.

Seeger deve muito de seu sucesso a sua esposa Toshi Ohta Seeger. Embora Harold Leventhal fosse o gerente profissional de Pete, Toshi era a única que organizava seus assuntos pessoais e políticos. O casal, unidos desde 1939, viveu a maior parte da vida em uma cabana de madeira perto do rio, um lugar que construíram com suas próprias mãos e onde criaram seus filhos. Toshi morreu em julho de 2013; Pete morreu seis meses mais tarde na idade 94.

Para honrar o centésimo aniversário de seu nascimento, seus fãs farão shows, homenagens, publicações, e, em maio, será lançado um conjunto de seis CDs, que inclui vinte gravações inéditas, acompanhadas por um livro de páginas 200. Muito poucas pessoas na história dos EUA viveram vidas mais autênticas e moralmente radicais.

(*) Dick flacks é professor de Sociologia na Universidade da Califórnia (EUA). Peter Dreier é o professor e autor do livro “Nós possuímos o futuro: socialismo democrático – Estilo Americano, que será publicado em 2020.
Fonte: Jacobin. Tradução: Jose Carlos Ruy

 

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