PUBLICADO EM 08 de abr de 2021
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”A vacina é um direito constitucional e dever do Estado”, afirma Valdevan Noventa

Para Noventa, a terceirização de tal responsabilidade poderá agravar o desequilíbrio financeiro das empresas, que já foram afetadas pela crise econômica gerada pela pandemia, e assim causar um maior índice de desemprego no país.

O deputado federal e presidente do SINDMOTORISTAS, Valdevan Noventa (PL-SE) afirmou na noite desta quarta-feira (7) que a compra de vacinas pelo setor privado pode desorganizar o Plano Nacional de Imunização, privilegiando quem tem poder aquisitivo e inflacionando o desequilíbrio financeiro das empresas. “Defendo que as vacinas sejam custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pois trata-se de um direito constitucional e dever do Estado”, reafirmou Valdevan Noventa.

Para Noventa, a terceirização de tal responsabilidade poderá agravar o desequilíbrio financeiro das empresas, que já foram afetadas pela crise econômica gerada pela pandemia, e assim causar um maior índice de desemprego no país. O texto aprovado diz que “a empresa que descumprir as regras estará sujeita a multa equivalente a dez vezes o valor gasto na aquisição das vacinas, sem prejuízo das sanções administrativas e penais”.

“Existe um Plano Nacional de Imunização em curso e ele deve ser respeitado. Essa autorização, não vai amenizar a fila de vacinação do SUS e muito menos significa mais vacinas disponíveis para os brasileiros. Houve a criação de duas categorias a partir de agora a dos ricos, que vão poder receber a vacina e a dos pobres, que vão ficar ainda mais distantes de receberem as duas doses da vacina”, explicou Noventa.

Segundo o deputado, ele não é contra a vacinação, como andam afirmando nas redes sociais. “Essa aprovação retira a oportunidade de mais vacinas para o SUS, tira oportunidade dos governos federal, estaduais e municipais e reserva para quem tem dinheiro para comprar”, disse Valdevan.

Ao finalizar sobre a defesa da sua votação, Valdevan Noventa afirmou que o correto seria permitir que as empresas privadas comprassem a vacina, somente, após a cobertura vacinal da primeira dose no país fosse alcançada.

Fonte: Sindicato dos Motoristas de São Paulo – 08/04/2021

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