Servidores públicos de todo o Brasil estão em alerta com a tramitação da PEC 66/2023 na Câmara dos Deputados.
Em um evento híbrido realizado pelo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte – Sindibel nesta terça-feira (22/10), lideranças sindicais do setor público demonstraram preocupação com as mudanças propostas na previdência dos servidores municipais, estaduais e até mesmo federais, especialmente com a inclusão de um “jabuti” que altera regras já estabelecidas.
A principal reivindicação dos servidores é a retirada do “jabuti” da PEC, que, segundo eles, prejudica os direitos adquiridos e impõe novas regras mais rigorosas para a aposentadoria.
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB defende a apresentação de emendas supressivas para eliminar os artigos que tratam de previdência na proposta.
Assista à íntegra do evento:
Mobilização Nacional
Para pressionar os parlamentares e evitar a aprovação da PEC na forma atual, os servidores estão organizando uma grande manifestação em Brasília no dia 26 de novembro.
Além disso, ficou acertada uma ação conjunta para a realização de audiências públicas em diversas cidades. A ideia é intensificar a pressão política junto aos deputados federais de modo a assegurar apoio à emenda supressiva.
O presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos, destacou a importância da união da categoria e da pressão popular para barrar as mudanças na previdência.
“Precisamos mostrar aos nossos representantes que não aceitaremos retrocessos em nossos direitos”, afirmou.
O que está em jogo?
A aprovação da PEC 66, na forma como está, pode resultar em:
- Aumento da idade mínima para aposentadoria: As novas regras, caso aprovadas, exigirão mais tempo de contribuição para ter direito à aposentadoria.
- Redução do valor dos benefícios: Os cálculos para o cálculo da aposentadoria podem ser alterados, reduzindo o valor dos benefícios recebidos.
“A luta contra a PEC 66 está apenas começando. Os servidores públicos devem continuar mobilizados e atentos à tramitação da proposta na Câmara dos Deputados. A expectativa é que a pressão popular e a união das categorias possam ser suficientes para promover irreparável desgaste político àqueles que se colocam como adversários dos servidores e dos serviços públicos. Seguiremos firmes, organizados e implacáveis contra retrocessos”, concluiu Domingos.
Também participaram pela CSPB os respectivos dirigentes:
- Lineu Mazano, 1º Vice-presidente da CSPB
- João Paulo Ribeiro “JP”, Diretor de Relações Institucionais da CSPB
- Israel Arimar de Moura, Presidente do Sindibel e Diretor Adjunto de Assuntos do Poder Executivo da CSPB
- Áurea Izidora, Presidente da Fesempre e 1º Vice-presidente da Regional Sudeste da CSPB
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