PUBLICADO EM 16 de fev de 2018
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Temporal no Rio: após mais de 24h moradores enfrentam alagamentos e falta de luz

Temporal_Trens não estão parando na estação Ramos da SuperVia por causa do alagamento; quatro pessoas morreram por causa dos efeitos da chuva; município ainda está em estágio de atenção; quatro pessoas morreram, entre elas um adolescente; duas mil pessoas estão desalojadas por causa de transtornos causados pelo temporal; mais de cem árvores caíram em toda a cidade

Vários pontos do Rio de Janeiro ainda sofrem com os efeitos da forte chuva que caiu na cidade na madrugada de quinta-feira (15). O município ainda está em estágio de atenção. Às 6h20, os trens do ramal de Saracuruna não paravam na estação de Ramos da SuperVia, que segue fechada por causa de alagamentos. O túnel que leva ao local segue cheio d’água.

Quatro pessoas morreram, entre elas um adolescente. Duas mil pessoas estão desalojadas por causa de transtornos causados pelo temporal. Mais de cem árvores caíram em toda a cidade.

Em Rio das Pedras, na Zona Oeste, ainda há pontos de alagamento e falta de energia nesta manhã. Na Avenida Engenheiro Souza Filho, uma das principais da região, a pista sentido Barra da Tijuca continua alagada.

Moradores da Vila Sapê, em Curicica, também sofreram com os efeitos do temporal. O alagamento destruiu sofás, fogões, geladeiras e brinquedos. O Rio Guerenguê transbordou durante a chuva.

No Magarça, em Campo Grande, também na Zona Oeste, a água também não escoou completamente, quase 30h após o forte temporal. Os moradores passaram a noite limpando as vias. Um dele conta que a casa onde vive chegou a ficar inundada por mais de 60 centímetros de água.

“Foi uma luta. Passamos a noite toda tirando água, com muito vento e muita chuva. E a rua ficou esse caos. Encheu muito”, explicou o morador Genilson Araújo.

Longo trecho da Gardênia Azul segue sem luz. Na noite de quinta (15), os moradores chegaram a fazer um protesto e fecharam a Avenida Ayrton Senna, pedindo a normalização do serviço. Quem vive na Cidade de Deus também sofre com a falta de energia.

Em Cordovil, ainda há árvores caídas. Na Rua General Carvalho, uma delas obstrui a passagem. Os moradores da região da Avenida Marechal Rondon também sofrem com a falta de luz.

Defesa Civil
De acordo com a Defesa Civil, os bairros onde aconteceram mais solicitações foram Cascadura, Guaratiba, Campo Grande e Santa Cruz.

“Nós fizemos desde o princípio da chuva, das 22h do dia 14 até o momento, 770 solicitações, sendo efetivadas 51 interdições, sendo 41 delas na comunidade Parque Everest, no Complexo do Alemão e outras dez nas ocorrências onde tivemos vítimas”, detalhou Luiz André Moreira, da Defesa Civil.

Ele destacou que, a qualquer problema estrutural nas residências, é preciso entrar em contato com o órgão público por meio dos números 199 e 1746.

O secretário municipal de Assistência Social explicou que um mutirão vai ajudar a recompor os documentos de quem perdeu tudo no temporal.

“Foram mais de 550 famílias desalojadas, é uma situação atípica no Rio de Janeiro. Ontem foi o momento de cadastrar as famílias e hoje estamos entrando com cesta básica, água e documentação, que muitos perderam”, explicou Pedro Fernandes.

Ainda de acordo com o secretário, a maioria das pessoas que foi impedida de ficar em casa optou em ir para a casa de amigos e parentes. Apenas uma minoria se encaminhou para os abrigos da Prefeitura do Rio.

Fonte: Portal G1

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