PUBLICADO EM 14 de nov de 2017
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No Rio, montadoras e metalúrgicas geram empregos formais no Sul do Estado

As cidades de Itatiaia, Resende e Porto Real registram geração líquida de 1.576 postos de trabalho formais de janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho; dois setores respondem por esses resultados: metalurgia básica e veículos automotores; principal responsável por esse resultado é Resende, município na divisa com São Paulo; dados do Caged apontam a geração de 1.151 postos na cidade neste ano; outra boa notícia pode vir do setor de petróleo; Estado deve arrecadar cerca de R$ 50 bilhões com royalties da produção das seis áreas arrematadas nos dois leilões do pré-sal realizados no fim de outubro, segundo estimativa da Firjan; valor a ser recebido está estimado em no mínimo R$ 532 milhões em investimentos

Impulsionados pela produção de veículos e metalúrgicas, os municípios do Sul fluminense apresentam indicadores melhores de emprego em relação à capital e ao restante do Estado do Rio. Juntas, as cidades de Itatiaia, Resende e Porto Real registram geração líquida de 1.576 postos de trabalho formais de janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho.

Coordenador de estudos econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), William Figueiredo diz que o emprego formal é o primeiro indicador antecedente da atividade. “É a região do Estado que mais gera emprego na indústria neste ano. Dois setores respondem por esses resultados: metalurgia básica e veículos automotores”, afirma Figueiredo.

O principal responsável por esse resultado é Resende, município na divisa com São Paulo. Dados do Caged apontam a geração de 1.151 postos na cidade neste ano. No município está instalada a MAN Latin America, produtora de caminhões da marca Volkswagen. A montadora contratou 300 pessoas e descartou férias coletivas.

“Nosso mercado de caminhões e ônibus é um bom termômetro da economia e ele está voltando a crescer. Isso significa que a economia cresce, assim como o consumo e o investimento. Este é nosso momento: de reinício, com atividade econômica a todo vapor”, disse Roberto Cortes, presidente da MAN.

Também em Resende, a Nissan do Brasil iniciou o segundo turno de produção do complexo industrial em meados de julho. A empresa contratou 600 funcionários para aumentar a produção do modelo Nissan Kicks. Inaugurada há três anos, a unidade também produz os automóveis compactos March e Versa.

De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias cresceu 28,4% neste ano até agosto no Estado do Rio. O setor metalúrgico registra expansão de 22,6% no Estado no mesmo período. Esses desempenhos puxam a alta de 1,8% da indústria fluminense em geral neste ano.

Segundo Rodrigo Lobo, técnico da coordenação da indústria do IBGE, as exportações de veículos foram o motor do desempenho do setor automotivo neste ano. O resultado também reflete, porém, o desempenho positivo das vendas internas de caminhões, o que pode estar relacionado ao transporte da safra agrícola recorde do país.

Outra boa notícia pode vir do setor de petróleo. O Estado do Rio deve arrecadar cerca de R$ 50 bilhões com royalties da produção das seis áreas arrematadas nos dois leilões do pré-sal realizados no fim de outubro, segundo estimativa da Firjan. E receberá no mínimo R$ 532 milhões em investimentos.

Fonte: Valor Econômico

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