PUBLICADO EM 08 de mar de 2018
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Dia da Mulher tem greve na Espanha e protestos no mundo

Dia da Mulher é marcado por protestos contra desigualdade de gênero em todo o mundo

Na Espanha, feministas organizaram greve de 24 horas em todo País em defesa dos direitos das mulheres / Foto: Arquivo

Na Espanha, feministas organizaram greve de 24 horas em todo País em defesa dos direitos das mulheres / Foto: Arquivo

Espanholas organizaram greve geral feminista para pedir a defesa dos direitos femininos. Veja como está sendo a data em países como Coreia do Sul, Arábia Saudita, Grécia e Índia.

O Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (8), foi marcado por protestos em todo o mundo pedindo respeito e direitos iguais. Na Espanha, as mulheres organizaram greve geral feminista para pedir a defesa dos direitos das mulheres.

Espanha
A paralisação das espanholas teve apoio dos principais movimentos sindicais e sociais. De acordo com o jornal “El País”, em algumas TVs e rádios não se podia ouvir vozes femininas ao longo do dia. Foram convocadas 120 manifestações.

Os serviços de transporte funcionam normalmente, embora tenham anunciado que manteriam apenas os serviços básicos.

A atriz Penélope Cruz aderiu à paralisação e disse que tinha “motivos de sobra” para participar do protesto.

As espanholas ganham em média 14,9% a menos do que os homens para realizar o mesmo trabalho, segundo dados do Eurostat, instituto de estatística da Comissão Europeia, citados pela Rádio França Internacional (RFI).

Apesar de a Espanha estar em uma posição melhor do que a média europeia (a desigualdade salarial no bloco é de 16,3%) e de ter registrado uma grande evolução nos últimos 20 anos, ainda falta muito para se chegar a uma situação de equilíbrio. O salário médio das espanholas é, de maneira geral, 23% mais baixo.

Dia Internacional da Mulher tem greve na Espanha e protestos em todo o mundo

Arábia Saudita
O país, que tem adotado algumas medidas de modernização em relação a restrições aos direitos das mulheres — como deixar que elas dirijam e que assistam a jogos de futebol nos estádios — teve uma prova de corrida marcando a data.

Bélgica
A capital Bruxelas teve manifestação pelos direitos das mulheres.

Coreia do Sul
Centenas de sul-coreanas fizeram uma passeata e se reuniram na praça de Gwanghwamun, em Seul, aos gritos de “Me Too” (“Eu também”, em inglês) em referência à campanha que começou em Hollywood para denunciar abusos sexuais.

Durante o protesto, também foram exibidos cartazes a favor do movimento chamado “With You” (“Com você”, em inglês), que surgiu na Coreia do Sul inspirado pelo “Me too”, segundo a Efe.

A campanha “With You” pretende criar uma rede de apoio às vítimas de abusos sexuais em um país muito marcado pela tradição confuciana, que até agora tende a isolar e criticar aquelas que ousam denunciar superiores.

França
Na França, o jornal “Libération” subiu em 50 centavos de euros o preço para leitores homens nesta quinta com o objetivo de denunciar a diferença salarial em iniciativa proposta por causa do Dia da Mulher. A torre Eiffel, em Paris, recebeu uma iluminação especial com a mensagem “MaintenantOnAgit” (Agora agimos).

Torre Eiffel, em Paris, recebeu uma iluminação especial com a mensagem “MaintenantOnAgit” (Agora agimos).

Grécia
Mulheres participaram de uma demonstração na capital Atenas.

Índia
Na Índia, centenas de mulheres saíram às ruas para protestar contra a violência doméstica, crimes sexuais e a discriminação no mercado de trabalho. A violência contra as mulheres continua em alta na Índia, apesar de novas leis mais severas, de acordo com a Deutsche Welle. O país registra 40 mil estupros por ano.

Turquia
Cerca de 50 mulheres compareceram à manifestação no bairro de Besiktas, junto ao Estreito de Bósforo, para exibir cartazes com lemas feministas e contra a violência. O grupo desafia as proibições impostas pelo estado de emergência em vigor desde 2016 e proíbe todo tipo de marchas e manifestações.

O grupo denunciou que 409 mulheres foram assassinadas por homens durante 2017, enquanto que, apenas em fevereiro, já foram registradas 47 mortes violentas.

As organizações feministas convocaram protestos em 14 cidades da Turquia.

Filipinas
Mulheres protestam em Manila, nas Filipinas, nesta quinta-feira (8).

Ucrânia
Mulheres protestam em Kiev, na Ucrânia, nesta quinta-feira (8).

Fonte: Portal G1

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