PUBLICADO EM 05 de dez de 2017
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A mentira que pode acabar com a sua aposentadoria

Não, a Previdência Social não é deficitária como o Governo e a mídia querem fazer você acreditar. O que está errado é o papel do governo, que não cumpre o que diz a Constituição e que serve para fomentar um falso déficit e justificar as reformas que são nada mais que o corte de direitos.

Caso a Reforma realmente passe no Congresso, os trabalhadores não terão mais condições de se aposentar, isso porque além de aumentar a idade mínima, o tempo de contribuição também será decisivo para uma aposentadoria integral ou parcial.

Ao falar de privilégios, o Governo omite que muitos dos gastos do INSS são justamente com aqueles que não entrarão na reforma. Mas esse não é o único dado falso. Temer banaliza as dívidas de bancos e empresas com a Previdência, que somam bilhões e poderiam tirar inclusive o Brasil do sufoco.

São os bancos privados os maiores interessados na reforma, os mesmo que o Governo perdoou R$ 27 bilhões de débitos com a Receita Federal.

Há muito tempo os bancos miram a Previdência, que soma 8% do PIB brasileiro. O INSS é o mais importante mecanismo de proteção social do país e um poderoso instrumento do desenvolvimento, porque contempla a oferta de serviços universais proporcionados pelo SUS e pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com destaque para o programa seguro-desemprego.

O déficit da Previdência foi inventado para que o povo acredite que o INSS precise de reforma. Mas desde quando esse governo faz reforma para melhorar? Temer só tira direito dos trabalhadores e uma prova disso é a reforma trabalhista.

Com a “d”eforma da Previdência, vai reduzir a renda dos aposentados em até 30%. Além disso, todo o trabalhador terá que contribuir por 44 anos para se aposentar com o benefício integral.

O efeito é dominó. A economia também sofrerá as consequências. Ao invés de equilibrar as contas, o país vai amargar com salários menores, menos consumo e mais desigualdade social.

Uma vida inteira de trabalho para quiçá conseguir a aposentadoria ou viver mendigando até a morte.

 Osvaldo Mafra é Presidente da Força Sindical SC

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