PUBLICADO EM 27 de out de 2017
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E os juros seguem nas alturas…

Apesar de toda a pressão exercida pela Força Sindical e pelas demais centrais sindicais, e do apelo de trabalhadores, empresários e toda a sociedade brasileira por juros mais amenos, a taxa Selic, mesmo após nove reduções consecutivas, chegando a 7,50% a. a., continua elevada e emperrando o crescimento econômico do País.

E tudo porque a Selic, após uma sequência interminável de equivocados aumentos e manutenções conservadoras, ficou estacionada nos proibitivos 14,25% a. a. por dez reuniões sucessivas do Copom (Comitê de Política Monetária). Ou seja: por mais de um ano (de 2/09/15 a 20/10/16). Assim, realmente, não há economia que aguente.

Sempre saímos às ruas por cortes mais contundentes nos juros, mais impactantes, capazes de reaquecer os vários segmentos de atividade laboral, fomentar a geração de postos de trabalho (ainda são cerca de treze milhões de desempregados no País) e fazer com que os investimentos no setor produtivo retornassem, dando novo alento à produção, ao consumo e consolidando a retomada econômica brasileira. Só que esta tão aguardada retomada econômica ainda não aconteceu.

Os tecnocratas do governo têm de despertar e botar um ponto final no seu tão exacerbado excesso de conservadorismo e letargia no que tange à questão dos juros, que engessam a economia nacional e impedem que o setor produtivo, como um todo, faça frente à enxurrada de produtos estrangeiros que impossibilitam a criação de postos de trabalho de qualidade, que possam atender a demanda de trabalhadores sem ocupação, ou daqueles que se defendem como podem na informalidade, por todo o nosso País.

Reduzir drasticamente a taxa Selic seria um passo importantíssimo na caminhada por um Brasil melhor e mais justo socialmente, com emprego para todos, produção a todo vapor e aumento do consumo. Já reduzir os juros em “conta-gotas”, é acertar no diagnóstico mas errar bisonhamente na dosagem do medicamento.

A lógica é simples: juros baixos = mais consumo, mais produção, mais empregos e uma economia forte. E nós não podemos mais esperar!

Paulo Pereira da Silva – Paulinho
Presidente da Força Sindical e deputado federal

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